Sejam Bem Vindos !!!

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Olá, sejam muito bem vindos à este espaço criado especialmente aos interessados nas Religiões Brasileiras... Mais Epecificamente a Umbanda!
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Axé a Todos!

domingo, 25 de setembro de 2011

Oxóssi

                   Oxóssi.
        O dono das matas e dos animais.

"Orixá das matas e florestas, tão bom protetor dos animais quanto bom caçador, que só o faz para garantir a subsistência de usa tribo, comunidade, povo".

Dia da semana: Quinta-feira.
Saudação: Okêaro!
Sincretismo: São Sebastião -- Umbanda São Paulo e Rio de Janeiro -> Candomblé São Jorge - comemorado no dia 20 de Janeiro.
Cores: Verde na Umbanda e no Candomblé.
Símbolos: O arco e a flecha de ferro fundido.
Onde recebe oferendas: Nas matas.
Principais oferendas: Velas, charutos, frutas, suas comidas e bebidas.
Bebida: Cerveja branca e suco de frutas.
Elemento: Terra.
Algumas ervas: Folha de guiné, peregum, alecrim do cruzamento, manjericão, samambaia, etc.
Animais: Cervo, lebre e outros animais da selva.
Comida: Fruta, inhame, mandioca.
Domínio: As matas.
Particularidade: Trabalha com cura e pajelança.
Características: Ágil, esperto, inteligente, calmo, responsável, sossegado, fiel e muito curioso.                              

                              ALGUNS ITÃS
O reino estava em festa. Na festa da colheita do primeiro inhame. Quando um pássaro mágico gigante pousou sobre o vilarejo, esse pássaro fora mandado pelas Iá Mi Oxorongá que não foram convidadas para o festejo. O rei convocou os melhores caçadores do reino e aquele que fracassasse seria punido com a morte. Oxotaborá, o caçador das cinquenta flechas, Oxotogi, o caçador das quarenta flechas, Oxotogum o caçador das vinte flechas e Oxotocanxoxô, o caçador de uma única flecha. Oxotaborá, Oxotogi e Oxotogum dispararam todas as suas flechas sem sucesso. Todos já temiam quando chegou a vez de Oxotocanxoxô. Sua mãe também com muito medo, foi consultar um babalaô e este falou: -Seu filho está a um passo da riqueza ou da morte. E a aconselhou em fazer um ebô que agradasse as feiticeiras. Foi sacrificada uma galinha, quando ela estava abrindo o peito da galinha o pássaro mágico relaxou o seu peito para receber a oferenda, neste momento seu filho Oxotocanxoxô, disparou sua única flecha que foi certeira no peito do pássaro mágico. Em comemoração o rei libertou todos os caçadores que falharam e o povo cantava chamando-o de Oxóssi que na língua local quer dizer "O Caçador Oxô é Popular".

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Olodumaré incumbiu Orunmilá a trazer-lhe uma codorna. Como para Orunmilá isso era uma tarefa difícil ele então passou esta tarefa a Oxóssi.
Oxóssi ficou agradecido por tal missão e prometeu que na manhã seguinte ele traria a codorna.
Na manhã, quando Orunmilá foi buscar a codorna, o caçador abre a porta da casa enfurecido, pois a codorna havia sumido. Perguntou a sua mãe e esta fez pouco caso. Orunmilá exigiu que Oxóssi fosse buscar outra codorna.
Oxóssi caçou outra codorna e a guardou no embornal. Procurou Orunmilá e eles se dirigiram até Olodumaré. Este agradecido fez de Oxóssi o Rei dos Caçadores. Oxóssi contente com o título pega seu arco e atira uma flecha ao acaso, dizendo que esta flecha iria acertar o coração de quem tivesse roubado a primeira codorna.
Chegando em casa, Oxóssi encontra sua mãe morta com uma flecha no coração, arrependido do que fizera Oxóssi nega o título recebido de Olodumaré.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

                Logunedé.
        O belo filho de Oxóssi e Oxum.

"O príncipe das matas, já que seu pai é o rei delas, Oxóssi, que com Oxum gerou o mais belo dos Orixás masculinos. Logunedé vive nas matas e também nas águas doces e por isso detém a arte da caça do pai e o poder mágico de sua mãe, de quem também herdou beleza e riqueza".

Dia da semana: Quinta-feira e sábado.
Saudação: Olorikim Logun.
Cores: Amarelo e verde.
Símbolos: Cavalo marinho e a margem dos rios.
Onde recebe oferendas: Em rios.
Algumas ervas: Oriri, carqueja.
Principais oferendas: Axoxó.
Elemento: Água e terra.
Animal: Peixe.
Comida: Axoxô (milho de galinha cozido com côco).
 Domínio: Cachoeiras, matas, florestas, rios.
Particularidade: Rege a adolescência.
                                                            


                                         ALGUNS ITÃS
Logunedé em certa feita resolve brincar nas águas revoltas regidas por Obá, outra mulher de Xangô como sua mãe Oxum, Obá aproveita a oportunidade para se vingar de Oxum e tenta matar Logunedé. Mas Oxum viu em sua peneira de búzios o que estava acontecendo e pediu a intervenção de Orunmilá, este por sua vez atende o pedido de Oxum, fazendo ebó para Obá e permitindo assim que os pescadores salvassem Logunedé. Por isso Logunedé ficou encarregado de proteger os pescadores e as navegações por rios de água doce.

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Houve um tempo em que as águas e a terra estavam no mesmo nível, não existia limites bem definidos e Logunedé, apesar de conhecer bem estes dois domínios, sempre encontrava dificuldade para se manter em um ou em outro sem se confundir. Um dia, depois de passar seis meses na água, tinha que voltar para a terra e se confundira novamente, foi então que voltou ao fundo do rio e começou a cavar incansavelmente. Com esta escavação, Logunedé criou as margens dos rios e córregos que passaram a ser o seu domínio e, portanto são seus lugares preferidos desde então para receber oferendas.
                       Oxumaré.
             A dualidade que existe em tudo.

"Talvez a divindade mais poética e exótica do panteão, Metade do ano vive no céu como um belo arco-íris, metade outra na terra como uma cobra rastejante, assim é Oxumaré que representa a dualidade que existe em tudo, os pólos positivo e negativo. Também tem grande poder sobre as riquezas materiais".

Dia da semana: Quinta-feira.
Saudação: Aro Bobô.
Cores: todas as cores do arco-íris.
Símbolos: Arco-íris.
Onde recebe oferendas: Na floresta, de preferência próximo a água doce, nascentes.
Principais oferendas: Flores de todas as cores juntas.
Bebida: Água.
Elemento: Terra.
Animais: Cobra.
Comida: Banana e batata doce.
 Domínio: Geração de vida.
O que faz: É o Orixá da abundância e da fertilidade.                                                                
                                 ALGUNS ITÃS
Xangô se casou com Oxum e descobriram que sua comunicação não andava bem, pois Xangô morava no alto da pedreira, quase no céu, já Oxum tinha seu palácio nas profundezas do rio. Para solucionar este problema, Xangô pediu a Oxumaré que ligasse a água do rio de Oxum até ele no céu, foi quando Oxumaré se tornou o arco-íris.
Existe um detalhe: para que não acontecesse uma seca na terra, Oxumaré resolveu fazer este favor a Xangô apenas durante seis meses do ano, para que nos outros seis meses, enquanto Oxumaré assumia a forma de serpente, Xangô tivesse que descer até a terra, trazendo assim as fortes chuvas, tempestades e trovões de raiva.

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Oxumaré viveu entre os humanos e era um grande Babalaô, adivinhava de tudo e prestava serviços ao rei, um rei muito rico e ao mesmo tempo muito avarento, recompensando muito mal Oxumaré pelos seus préstimos e previsões. Foi quando Oxumaré procurou Ifá, pois queria descobrir uma forma de ganhar mais dinheiro. Ifá declarou que se Oxumaré fizesse-lhe uma oferenda o tornaria muito rico e assim foi Oxumaré fazer o ritual.
Enquanto Oxumaré realizava o ritual do ebó, o rei precisou dele e não o encontrou, decretando assim que ele estaria despedido. Oxumaré quase desacreditou de seu mestre Ifá, pois passava mais aperto do que antes do ebó.
Foi aí que uma rainha de outra corte ficou sabendo da disponibilidade de Oxumaré, e como sua fama de bom Babalaô corria por aquelas bandas, ela o chamou para tentar resolver problemas até então indissolúveis.
Oxumaré resolveu as perturbações da rainha, foi muito bem recompensado por ela e até o rei que o despedira resolveu voltar a se utilizar de suas previsões, só que agora melhor remuneradas.

                       Ossaim.
      Aquele que detém o poder das folhas.

"Kosi Ewé, Kosi Orixá (sem erva, sem Orixá). É assim que se diz entre o povo de santo, quando se quer fazer referencia ao Orixá das Ervas, aquele que detém o poder mágico de todas elas, pois sem as ervas não tem axé, não tem culto a Orixá, não tem Umbanda. Também chamado de Ossanyn ou Ossanha, esta divindade habita florestas e somente seus filhos podem apanhar suas ervas sagradas".

Dia da semana: Quinta-feira.
Saudação: Ewé O! Ewé O! (Oh! As folhas! Oh! As folhas!) ou Ewé Ewé Assa! (As folhas dão certo!).
Sincretismo: São Benedito - comemorado no dia 05 de outubro.
Cores: Tanto na Umbanda como no Candomblé suas cores são o verde claro e o branco. Símbolos: O Igbá Òssanyin.
Onde recebe oferendas: Nas matas virgens.
Principais oferendas: Fumo, cachaça (Oti) e mel.
Bebida: Cachaça (Oti).
Elemento: Terra/Matas.
Algumas ervas: Todas.
Animais: Pássaros.
Comida: Farofa de dendê com folhas verdes, milho vermelho, feijão fradinho torrado, bodes, galinhas e galos em cores variadas.
Domínio: Mata virgem.
Particularidade: Trabalha com as ervas, tem domínio sobre elas, conferindo-lhes força curativa.
Características: Feiticeiro, médico.
Quizíla: Ventania.                                                        

                                    ALGUNS ITÃS:

Ossain detinha o segredo de todas as folhas, o que causava ciúmes nos demais Orixás. Então Xangô pede para Iansã lançar o vento sobre a mata para espalhar e trazer as folhas e assim foi feito. Quando Ossain se deu conta bradou Ewé O! Ewé O! e as folhas voltaram para ele, porém algumas delas já estavam em poder dos outros Orixás. Então Ossain permitiu que aquelas permanecessem com os Orixás, mas manteve o segredo sobre elas, assim, para que fossem utilizadas, todos ainda teriam de se voltar para ele e foi dessa maneira que Ossain conservou seu poder.

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Ossain conhecia o segredo das folhas e com elas podia realizar miraculosas curas. Sempre sabia qual folha, qual encantamento usar e carregava tudo consigo dentro de suas cabacinhas, sua fama sempre o precedia e assim percorria mundo afora realizando suas curas. Contam que certa vez ao entrar em um reino, conseguiu curar seu Rei que lhe prometera muitas riquezas, Ossain, porém recusou dizendo que somente poderia aceitar o que normalmente era pago aos médicos e aos feiticeiros. Depois de muita peregrinação voltou para casa onde encontrou sua mãe doente, mais uma vez com o poder das folhas conseguiu curar a mãe, contudo cobrou pelo feito realizado, para espanto de seus irmãos. Ossain era muito justo e sabia que o dinheiro fazia parte da magia - que era maior que ele - e assim continuou sua peregrinação pelo mundo.
                     Obá.
 Orixá que dispensa a devoção masculina.

"Como escreveu Cléo Martins, é a amazona belicosa. Este Orixá feminino disputou o amor de Xango com Iansã e Oxum e não teve o sucesso das rivais nesta empreitada. Respeitadíssima pelas mulheres, não gosta de homens e, portanto dispensa sua devoção".

Saudação: Obá Xirê.
Dia da Semana: 2° ou 4° feira.
Sincretismo: Joana D'arc ou Santa Catarina.
Elemento: Fogo.
Mineral: Cobre.
Algumas ervas de Obá: manjericão e mangueira.
Domínios: Águas Turbulentas.
Animal: Galinha de Angola.
Comida: Moqueca de ovos, manga, amalá.
Cores: Vermelho e branco ou amarelo e laranja.
Símbolos: Escudo e lança e um Ofá (arco e flecha).
Onde recebe Oferendas: A beira de um rio.
Comida para oferecer: Pato, cabra e coquem.
Particularidade: Assim como Xangô, também é uma justiceira.
                                                           


                               ALGUNS ITÃS
Obá travou luta com Ogum, e ele sabendo da grande força da amazona belicosa, resolveu consultar Ifá (jogo de adivinhação), onde foi aconselhado a fazer uma mistura de espiga de milho e quiabo, jogando esta pasta no lugar marcado para a luta.
Chega o momento do combate e começam a brigar, Obá resiste até o ultimo momento, e não podendo mais se segurar, cai ao chão. Ogum para não se redimir e também não ser dado por vencido, mantém relações sexuais com ela ali mesmo, tornando-se assim seu cônjuge


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Xangô, Orixá de grande virilidade tinha três esposas, Oxum, Oiá e Oba, sendo Obá a mais velha e menos interessante. Obá nunca se contentou em ver Oxum em toda sua vaidade e Oiá em toda sua jovialidade, armando-se dentro dela uma grande frustração, pois disputava com unhas e dentes o amor de Xangô.
Oxum da mesma forma queria ser sempre a primeira e única mulher de Xangô, tanto que prega uma peça em Obá.
Em certa ocasião, era vez de Oxum cozinhar para seu esposo, Oxum então enrola um pano em sua cabeça de forma que cobrisse as suas orelhas e no ensopado joga dois cogumelos parecidos com orelhas e diz a Obá que Xangô se apaixonaria cada vez mais por ela quando comesse as suas orelhas. Xangô chegou e deleitou-se com a comida e agradeceu a Oxum. Chegou a vez então de Obá cozinhar, ela realmente corta as suas orelhas e oferece a Xangô, que após experimentar e enojar-se pergunta a Obá o que era. Obá se explica e diz que foi Oxum que lhe ensinou a fórmula. Oxum presenciando tudo retira o pano da cabeça e cai na gargalhada. Obá não contém a sua fúria e ataca Oxum.
Xangô pra terminar aquela situação também se enfurece e lança raios, fazendo com que as duas fujam e se transformem em rios que levam os seus nomes. E dizem que, quando estes rios se encontram parecem realmente brigar. Em suas manifestações no candomblé, Obá vem com a mão direita encobrindo sua orelha. Onde estiver Obá, Oxum não se manifesta.

            Nanã Buruquê.
A mais velha das Iabas, que reina nas águas lodosas.

"Orixá mais velho do panteão africano, foi mãe de Obaluaê e tem seus domínios relacionados as águas turvas, lamas e mangues. Também chamada de Nanã Buruquê ou Burukum, suas oferendas não podem ser preparadas com a utilização de metais como facas e talheres".

Dia da semana: Terça-feira.
Saudação: Saluba Nanã.
Cores: Roxo.
Sincretismo: Nossa Sra. de Santana.
Símbolos:
Vassoura e o Ibirí.

Onde recebe oferendas: Onde exista argila, barro.
Principais oferendas:
Velas na cor lilás, pirão, paçoca de amendoim e sarapatel.

Bebida: Vinho.
Elemento: Argila, barro, terra.
Animais: Rã.
Comida: Pirão, jaca, sarapatel.
Domínio: Lugares com barro, pântanos.
 Particularidade: É a responsável pela reencarnação, cuida do corpo dos mortos e recria a vida.
 Características: Interessante, madura, séria, super protetora, ranzinza e vingativa. Quizíla: Objetos feitos de metal.
                                                           

                            ALGUNS ITÃS
Olorum encarregou Oxalá de criar o homem e Oxalá começou suas tentativas se utilizando de diversos materiais diferentes, não obtendo resultado. Tentou com água, com ar, com fogo, com vinho de palma e nada, o homem se desmanchava, tentou com pedra, madeira e nada, ficava muito duro. Foi quando Nanã Buruquê apareceu para Oxalá e lhe trouxe a solução, trouxe a lama de seus domínios, com a qual o homem foi criado e finalmente funcionou.

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No Candomblé, os sacrifícios a Nanã não podem ser feitos com instrumentos de metal e o itã que explica esta quizila conta que todos os Orixás estavam reunidos para decidir qual era o mais importante entre eles, e quando todos estavam consentindo a favor de Ogum, pois ele teria inventado os instrumentos de metal como a faca, por exemplo, de grande valia para a humanidade, Nanã discordou, apanhou uma galinha e torceu seu pescoço com as próprias mãos, mostrando assim que não dependia da faca de Ogum.
                                    Oxum.
                           Das cachoeiras vem a Iabá do ouro.

"Orixá da beleza e elegância, do ouro e das riquezas, rainha das águas doces, cachoeiras e soberana nos campos da sedução e da esperteza. Oxum é a responsável pela gestação".
Dia da semana: Sábado.Saudação: Ora iêiê ô !Sincretismo: Nossa Senhora Aparecida (12 de Outubro)Nossa Senhora da Conceição (08 de Dezembro).Cores: azul escuro (umbanda), amarelo ouro (candomblé).Símbolos: leque (abebé) com estrela e espelho.Onde recebe oferendas: em rios, nascentes e cachoeiras.Principais oferendas: velas, flores brancas e amarelas, perfumes, adereços, espelhos, suas comidas e bebidas.Bebida: champanhe.Elemento: água.Algumas ervas: catinga de mulata, oriri, malmequer, jasmim.Animais: arara.Comida: omolocum, xinxim, ovos, canjica, banana.Domínio: água doce.O que faz: dá riqueza, amor, fertilidade, protege o parto e o bebê.Características: bonita, elegante, charmosa, doce, possessiva.
                                                             ALGUNS ITÃS
Oxum era filha de Oxalá. Um dia casou-se com Xangô, indo viver em seu palácio.
Logo Xangô percebeu o desinteresse de Oxum pelos afazeres domésticos, pois a rainha vivia preocupada com suas jóias e caprichos.
Aborrecido, Xangô mandou prendê-la numa torre, sentindo-se livre novamente.
Exu, vendo a situação de Oxum correu e contou a seu pai Oxalá que, fazendo deste seu mensageiro, entregou-lhe um pó mágico que deveria ser soprado sobre Oxum.
Exu, que se transforma no que quer, chegou ao alto da torre e soprou o pó sobre Oxum que, no mesmo instante, transformou-se num lindo pombo dourado chamado Adabá, ganhando liberdade e voltando à casa paterna.
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Filha de Oxalá, Oxum sempre foi muito interessada em aprender de tudo um pouco. Como sempre foi muito manhosa e mimada, conseguia tudo o que queria do pai.
Certa vez decidiu que queria aprender a ver o seu futuro nos búzios. Foi pedir a seu pai que lhe aconselhou procurar Exu, pois tal poder havia sido concedido a ele por Ifá. Oxum foi procurar Exu que se negou a ensinar-lhe o seu segredo. Percebendo que Exu estava intransigente, Oxum resolveu procurar as feiticeiras da floresta para ensinar-lhe uma magia para enganar o Exu. Elas lhe deram um pó mágico que em contato com os olhos do Exu o deixaria cego por algum tempo.
Oxum, fingindo estar brincando com Exu, soprou o pó em seus olhos, que ficou desesperado em recolher os seus búzios. Oxum, demonstrando-se interessada, o ajudou a recolher peça por peça conferindo o nome e seus significados. Exu na ânsia de recolhê-los, foi falando todo o segredo dos búzios a Oxum sem se dar conta até chegar ao último Odu.
Muito inteligente, Oxum guardou o segredo do jogo e voltou ao seu reino, deixando para trás um Exu com os olhos irritados e desconfiado que havia sido passado para trás.
                                Iansã.
             Ou Oiá, a rainha dos raios e tempestades.

"Orixá dos ventos e das tempestades, rainha dos raios, guerreira das mais temidas. Iansã é a beleza natural da mulher que abre mão da vaidade (porque pode fazer isso sem prejuízo ao seu poder de sedução) para lutar pelo que almeja".
Dia da semana: Quarta-feira.Saudação: Eparrei Oiá!Sincretismo: Santa Bárbara, comemorado dia 4 de dezembro.Cores: Amarelo-ouro (Umbanda) vermelho (Candomblé).Símbolos: Chifres de búfalo e um alfaje.Onde recebe oferenda: Cachoeira.Principais Oferendas: Crisântemos amarelos, rosas amarelas.Bebidas: Champanhe.Elementos: Fogo.Algumas ervas: Aguapé (gigoga vermelha), espada de Iansã, carqueja, folhas de bambu.Animais: Búfalo.Comida: Acarajé.Domínio: Ventos e raios.Particularidade: Enfrenta os Eguns, e é guerreira.Característica: Sensual, geniosa, alegre.                                                                ALGUNS ITÃS
Certa vez em uma festa nenhuma das moças presentes queria dançar com Obaluayê, quando Iansã chegou e viu que ele estava sozinho, convidou-o para uma dança, sua veste erguia com o vento de Iansã e todos puderam ver seu rosto, um jovem bonito e alegre, a partir de então Obaluayê declarou que seu reino (o reino dos mortos) seria também o reino de Iansã.____________________________________________
Os Orixás estariam cansados de não ter acesso às folhas, tão importantes para qualquer celebração litúrgica e para muitos outros aspectos da vida material. Nesse aspecto, eram completamente dependentes de Ossãin, que reinava sozinho em seu domínio. Incitada por Xangô, Iansã abanou fortemente sua saia, provocando um terrível vento (o afefé) que arrancou todas as folhas que Ossãin tentava resguardar com o próprio corpo. A partir de então, as folhas foram repartidas e cada Orixá possui as suas próprias plantas, mas isso não retirou totalmente de Ossãin o seu poder.____________________________________________
Iansã é sincretizada com Santa Bárbara e é interessante a relação de ambas com o raio, pois conta a história que a santa católica teria sido condenada a morte pelo seu próprio pai, no momento em que ele levantou a espada, ela suplicou aos céus , depois de sua morte, imediatamente um raio veio e o matou, o mesmo aconteceu com outros soldados presentes.
                               Obaluaê.
           Aquele que detém o poder sobre os mortos e doenças.

"Obaluaê, Sapatá, Saponã, Omulu, nomes para o senhor da morte e das doenças, sobretudo as contagiosas. Temido por isso, mas quem conhece o assunto sabe que apesar de não trazer saúde, tem poderes para levar as doenças embora, divide com Iansã o poder sobre os mortos".
Saudação: Atotô Ajuberú.Cor: preto, vermelho e branco.Símbolos: Leguidibá, Xaxará e Brajá de búzios.Principais oferendas: Pipoca e suas comidas.Elemento: Terra.Algumas ervas: Folha de Omulu (canela de cachorro) pariparoba, mamona, cambará, etc.Animais: Cão.Comida: Doburu (pipoca enfeitada com fatias de coco), Ewa Dudu (feijão preto com dendê) Eram Kekerê (carnes em fatias), Dodokindó (banana da terra frita), cuscuz e milho, sarapatel.Domínios: Os mortos e doenças.Banhos: com Osé Dudu (sabão da costa) e ervas guinadas (colônia, saião, manjericão).                                                                    UM ITÃEm certa ocasião festiva entre os Orixás, Obaluayê participou utilizando uma roupa feita de palha da costa, o Aso Iko, para esconder suas feridas e deformações causadas pelas doenças.
No entanto, enquanto todos os outros Orixás dançavam, Obaluayê, apesar de jovem e muito habilidoso, preferia ficar parado para não correr o risco de exibir seu corpo debilitado.
Repentinamente, Oiá pega Obaluayê para dançar com ela, e Oiá faz soprar uma ventania que levanta as palhas da costa da roupa de Obaluayê, suas chagas ao mesmo tempo voam do seu corpo se transformando em pipocas e para espanto dos demais, se exibe um belo rapaz debaixo daquela roupa.
A gratidão de Obaluayê o faz dividir com Oiá seu domínio e poder sobre os mortos.
                              Iemanjá.
                       A mãe dos filhos que são peixe.

"A rainha do mar, o Orixá feminino mais popular no Brasil, mãe dos filhos que são peixes e por isso alvo de devoção de pescadores, marujos e de todos aqueles que vivem do mar e para o mar. Considerada a Mãe de todos os Orixás".
Dia da semana: Sábado.Saudação: Odoiá.Sincretismo: Nossa Senhora da Glória no Rio de Janeiro, Nossa Senhora dos Navegantes no Rio Grande do Sul e Bahia e Nossa senhora da Conceição em São Paulo.Cor: Azul claro.Símbolos: Um leque chamado abebé contendo uma sereia.Onde recebe oferendas: Nas praias.Principais oferendas: Rosas brancas, perfume de colônia.Bebida: Champanhe branco.Elemento: Água.Algumas ervas: Folha de alfazema, folha de colônia, pariparoba, rosa branca.Animais: Peixe de água salgada.Comida: Peixes do mar, arroz, milho, camarão com côco, comidas brancas como canjica e manjar.Domínios: Oceanos.Particularidade: Trabalha igualmente com todos acolhendo-os, fortalecendo-os, trazendo esperança. Iemanjá "cria" a todos, desempenhando função de uma grande mãe.Características: Generosa, caridosa, acolhedora, serena, possessiva.

Ogum.
O guerreiro protetor.

"Senhor das estradas, da guerra, das lutas e batalhas do nosso dia-a-dia, protetor de quem vai a luta, é o soldado e executor das leis divinas".
Dia da semana: Terça-feira.Saudação: Ogum ê.Sincretismo: Em São Paulo é São Jorge - 23/04 e na Bahia é Santo Antônio - 13/06.Cores: Vermelho (umbanda) azul marinho (candomblé)Símbolos: Espada, lança.Onde recebe oferendas: Nas estradas e estradas de ferroPrincipais oferendas: Charuto, rosas vermelhas, suas bebidas e comidas.Bebida: Cerveja Branca.Elemento: Fogo.Algumas Ervas: Espada de São Jorge, Abre caminho, Arruda, Folha de Seringueira.Animal: Cachorro.Comida: Feijoada com feijão fradinho, cará, inhame, carnes vermelhas.Domínio: Caminho, estradas, tudo que é feito com ferro.O que faz: Abre caminhos, executa a lei.Características: Impulsivo, guerreiro, líder, intolerante.

                                                                  UM ITÃ
Em Ifé, todos viviam em igualdade. Todos plantavam e caçavam. Porém suas ferramentas e armas eram frágeis, feitos com madeira ou metal mole.
Com o aumento da população em Ifé, começou a faltar comida, e então todos os Orixás se reuniram para decidir como desmatar o campo para aumentar a plantação.
Ossain foi o primeiro Orixá a tentar desmatar o campo, porém, suas frágeis ferramentas impediram seu sucesso. E assim foi com todos os Orixás.
Ogum, que conhecia o segredo do ferro, até então não havia se manifestado, e quando percebeu o fracasso dos Orixás, pegou seu facão e desmatou todo o campo.
Isso por muito tempo trouxe muita inveja aos outros Orixás pelo benefício que o ferro trazia não só a plantação, mas como também para a caça e a guerra.
Os Orixás ofereceram o reinado de Ifé para Ogum em troca do segredo do ferro. Ogum aceitou a proposta.
Os humanos também procuraram Ogum, e esse lhes ensinou o segredo da forja. Até que chegou o dia em que todos tinham sua lança de ferro.
Apesar de Rei, Ogum era um caçador.Certa ocasião saiu para caçar e passou muito tempo fora, e quando voltou estava todo sujo e maltrapilho, e então os Orixás o destituíram do reinado. Ogum se decepcionou com os Orixás.
Ogum banhou-se, vestiu-se com folhas de palmeiras desfiadas pegou suas armas e partiu.
Bem distante dali, em Irê, Ogum construiu sua casa, embaixo de uma árvore de acocô, e lá ficou.
Os humanos que nunca esqueceram que foi Ogum quem lhes ensinou o segredo do ferro, ainda hoje celebram e louvam esse grandioso Orixá guerreiro.

                                 Xangô.
                         O rei de Oió, o rei da Umbanda.

"O grande rei, Orixá da justiça, aquele que resolve impasses e lidera seu povo como ninguém, vaidoso, rico e elegante, absoluto nas montanhas e pedreiras, seus domínios naturais".
Dia da semana: Quarta-feiraSaudação: Caô Cabiecilê!Sincretismo: São Jerônimo - comemorado no dia 30 de setembro e também São João Batista (24.6) e São Pedro (29.6).Cores: Na Umbanda: marrom, no Candomblé: vermelho e branco. Símbolos: O oxé, machado de lâmina dupla feita em pedra e a pedra de raio. Onde recebe oferendas: Nas montanhas e pedreiras.Principais oferendas: Velas, charutos, cravos brancos e vermelhos, suas comidas e bebidas.Bebida: Cerveja preta.Elemento: Fogo.Algumas ervas: Folha de fumo, taboa, jatobá. Animais: TartarugaComida: Amalá, caruru (quiabo), bacalhau com quiabo, fruta do conde. Domínio: A montanha, raio, trovão e pedreiras. Particularidade: Trabalha principalmente com a justiça. Características: Justiceiro, líder, calmo, egocêntrico, vaidoso, mandão. Quizila: Morte e mortos (eguns).ALGUNS ITÃSOxum colocou uma condição para aceitar se casar com Xangô, disse que só seria sua esposa se Xangô carregasse seu Pai, Oxalá, que estava bem velho, pelo resto de sua vida e Xangô, apaixonado que estava pela doce Oxum, aceitou o trato.
Passado o casamento e as núpcias, Xangô teria que saldar sua dívida com Oxum, então Xangô desfez seu colar de contas vermelhas, que é sua cor, e refez o colar incluindo contas brancas, se dirigiu a Oxum e disse:
- Minha promessa está cumprida, veja, as contas vermelhas são minhas, as brancas são de Oxalá, portanto, de agora em diante eu sempre vou estar carregando seu pai no meu pescoço.
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Xangô a muito estava viajando com seu amigo Oxalufã. Como Oxalufã é muito velho, Xangô estava carregando o Orixá, ao passar pelas redondezas de Oyó resolveu subir em uma pedreira para mostrar ao velho amigo seu reino, e lá foi Xangô, até o topo da montanha com Oxalufã nas costas. Ao chegar no topo, enquanto apreciava seu reino, avistou sua esposa Oiá, fazendo seu amalá. Estão aí duas coisas que Xangô não resiste, a mulher e o amalá, e se pôs a correr montanha abaixo esquecendo completamente que carregava Oxalufã. Este por sua vez caiu, se esborrachando na pedreira e Xangô nem percebeu, só foi se dar conta do erro que cometera depois de saciada suas necessidades.

                                    Oxalá.
                             O maior dos Orixás, a paz, o pai.

"Sincretisado com Jesus Cristo, é o maior dos Orixás cultuados na Umbanda. Sua imagem esta no centro do congá de quase todos os terreiros, é o Orixá da paz, do branco, do poder e da superioridade espiritual".
Dia da semana: Sexta-feira ou domingo.

Saudação: Êpa Êpa Babá ! (Viva o Pai).
Sincretismo: Jesus Cristo, N.Sr. do Bonfim.
Cores:
 Na Umbanda: Branca
No Candomblé: Oxaguian , branca e azul claro. Oxalufã, branca, marfim , pérola e chumbo
.Símbolos: Oxaguian , espada e "mão de pilão" em metal branco. Oxalufã, opaxorô, cajado de prata , chumbo ou metal branco.
Principais oferendas: Vela branca, rosa e flores brancas, suas comidas e frutas típicas.
Elemento: Ar. (céu e atmosfera).
Algumas ervas: Tapete de Oxalá (Boldo), Saião (Folha da fortuna), Folha da costa, Malva branca, Cana-do-brejo, Rosa branca.
Animal: Pomba branca.
Comida: Canjica branca cozida, acaçá, massa de inhame, arroz, milho branco, uva branca, pêra, maçã, obi branco.
Domínio: Céu, Ar, Rios e Montanhas.
Particularidades: Pai de todos os Orixás, ele quem permitiu a todos os Orixás escolherem seus domínios.
Alheio a disputas, brigas, violência, gosta de ordem, da limpeza e da pureza.

Características: Equilibrado, tolerante, calmo, grande respeitabilidade, força de vontade, confiabilidade.                                  

                                                                     UM ITÃ

Oxalufã , era o rei de Ilu-ayê , a terra dos ancestrais na África .Um dia resolveu viajar em visita a seu velho amigo Xangô, rei de Oyó. Antes de viajar, consultou um babalaô, o adivinho, que lhe informou para não fazer a viagem que seria cheia de incidentes desagradáveis e acabaria mal. E fez ainda algumas recomendações: "Se você não quiser perder a vida durante a viagem, deverá aceitar fazer tudo que lhe pedirem sem se queixar das conseqüências que advirão. Será necessário que você leve três panos brancos, sabão e limo da costa".
Oxalufã partiu lentamente apoiado em seu grande cajado, chamado apaxorô. Ao cabo de algum tempo passado, foi vítima de alguns golpes e brincadeiras de Exu que se divertia as custas de Oxalá, onde até então manteve-se calmo, sem perder a paciência.
Logo que entrou no reino de Xangô, encontrou um cavalo perdido, que logo reconheceu este, por ter dado anos atrás de presente a Xangô o animal. Oxalufã tentou amansá-lo, mostrando-lhe uma espiga de milho para amarrá-lo e devolvê-lo a Xangô. Nesse instante passaram alguns servidores do palácio e gritaram: "Olhem o ladrão de cavalo! Miserável! Como os tempos mudaram, roubar nesta idade!" Agarraram Oxalufã, cobriram-lhe de pancadas e arrastaram-no até a prisão.
Oxalufã lembrando das recomendações do babalaô, permaneceu em silêncio. Ele não podia queixar-se. Então usou seus poderes, do fundo da prisão. Não choveu mais, as colheitas estavam comprometidas, o gado dizimado, as mulheres estéreis, as pessoas vítimas de doenças terríveis. Durante sete anos o reino de Xangô foi devastado.
Xangô por sua vez consultou um babalaô, para saber a razão de toda aquela desgraça. O babalaô respondeu: "Kabiyei Xangô, tudo isso é conseqüência de uma terrível injustiça, onde um velho sofre preso a sete anos." Xangô fez vir diante dele o tal ancião.
Você, Oxalufã! Êpa Êpa Babá ! Absurdo! Inacreditável, vergonhoso, imperdoável!
Não posso acreditar! E ainda por cima, preso por meus próprios servidores!
Chamem todos meus generais, meus cavaleiros, meus eunucos, meus músicos!
Chamem meus mensageiros e chefes de cavalaria! Meus caçadores, minhas mulheres e Yabás !
Povo de Oyó ! Todos e todas se vistam de branco em respeito ao rei que veste branco!
Todos guardem silêncio em sinal de arrependimento!
Vão todos buscar água no rio! É preciso lavar Oxalufã!
Êpa Êpa Babá !
É preciso que ele nos perdoe dessa ofensa feita!
Este episódio da vida de Oxalufã, é comemorado, a cada ano em todos terreiros de Candomblé da Bahia, no dia da "Águas de Oxalá", quando todos vestem branco e vão buscar água em silêncio para lavar os objetos sagrados de Oxalá.
Também com a mesma intenção, todos os anos, numa quinta-feira, uma multidão lava o chão da basílica dedicada ao Senhor do Bonfim.


Êpa Êpa Babá !

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Exu.
O mensageiro dos Orixás.

"Orixá da comunicação e dos caminhos, encruzilhadas. É Exu, esta divindade tão querida no culto a Orixá, quanto mal compreendida fora dele, que é o responsável pelo contato entre homens e Orixás".
Dia da semana: Segunda-feira e Sexta-feira

Saudação: Laroiê Exu - Coba Laroiê.
Cores: Preto, vermelho.
Símbolos: Tridente, ogó, cabaças pequenas e o pênis.
Onde recebe oferendas: Nas encruzilhadas, nas estradas, nos cemitérios, etc.
Principais oferendas: Velas, charutos, galinhas, carne, marafo, farofa, cebola roxa, óleo de dende.
Bebida: Marafo (Aguardente)
Elemento: Terra
Algumas ervas: Pinhão Roxo, Arruda, Eucalipto, Salgueiro, Jurubeba, etc.
Animais: Bode, cabra, galinha da angola, galo etc...
Comida: Carne vermelha com muito azeite de dendê, alho, cebola roxa e farofa amarela.
Domínio: As encruzilhadas e estradas.
Particularidade: Combate as magias negras, imprimi respeito, trabalha com a quebra de demandas e é o grande guardião das estradas e encruzilhadas.
Características: Perverso, astuto,
leal, vaidoso, ambicioso, etc.
                                                                 
 

 ALGUNS ITÃS

Exu vivia no mundo, vagando de lugar em lugar até que foi para casa de Oxalá e por lá ficou durante 16 anos, observando e aprendendo como se faziam os seres humanos. Todos os outros Orixás também iam à casa de Oxalá, mas lá ficavam apenas por dias, talvez semanas. Exu não. Exu por lá viveu 16 anos e aprendeu tudo com Oxalá. Por sua lealdade e confiança, Oxalá fez a casa de Exu na encruzilhada e como estava muito ocupado fazendo os seres humanos, ordenou que todos os outros Orixás apenas falaria com ele através de Exu e que todos antes de trazerem as oferendas a Ele também deveria fazer a oferenda a Exu. Assim foi feito. Todos que vinham até a casa de Oxalá tinham que "pagar" a oferenda a Exu, e todos que voltavam da casa de Oxalá também tinham que "pagar" Exu. Exu se tornou rico. Exu se tornou o mensageiro. Exu se tornou o dono da encruzilhada.

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Uma mulher que vendia suas coisas no mercado era a mais respeitada, a que mais vendia. Tinha sucesso em cima de sucesso. Mas se esqueceu de Exu, aquele que a ela tudo deu. Todo sucesso dela tinha sido Exu que tinha provido. Exu foi esquecido.
Em um dia qualquer no mercado vem até ela a notícia que sua casa estava em chamas, ela correu até sua casa e chegando lá não restava nada, apenas cinzas. Retornou ao mercado e quando chegou suas coisas haviam sido roubadas. Ela perdeu tudo. Todos agora riam da desgraça dela. Ela já não era mais reverenciada. Ela estava acabada. Exu estava vingado.

Os Orixás

                                   Exú
                          A Comunicação

                                 Oxalá
                                 A Paz

                                Xangô
                                O Rei

                                Ogum
                             O Guerreiro

                                Oxóssi
                             O Caçador

                               Iemanjá
                        A Rainha do Mar

                               Obaluaê
                            A Passagem

                                Yansã
                         A Tempestade

                                Oxum
                               O Ouro
                 
                                Nanã
                          A Mais Velha

                                Obá
                           A Feminista

                             Ossaim
                            As Ervas

                            Oxumaré
                         O Arco- Íris

                           Logunedé
                            O Belo